domingo, 5 de fevereiro de 2012

Carta ao amor

Nunca pensei que fosse escrever algo assim, até porque eu achava muito melosa essa história toda de declaração de amor e mimimi, mas eis-me aqui tentando falar um pouco desse meu amor, que também é muito seu.
Vou começar pelo começo: dia ensolarado, um certo aniversário, amigos reunidos, a brincadeira do "eu nunca", conversas, risadas, e aquele olhar. Foi ali, naquele momento, em que nossas almas se encontraram pela primeira vez. E foi ali também onde comecei a te admirar, de longe, com aquele olhar disfarçado e com aquela cara de tô-nem-aí-pra-você —  tudo pra manter a pose. Mas você sabe, sou péssima atriz: nada que eu fizesse poderia esconder aquilo que eu estava sentindo. Eu até tentei, é verdade, mas não tinha como disfarçar. Me encantei fácil, você nem precisou jogar charme, e "cá pra nois", difícil seria não me encantar, difícil seria não notar aquele menino bobo que fazia todo mundo rir, difícil seria ir pra casa e esquecer aquele olhar, difícil seria te reencontrar por acaso na faculdade e não sentir um milhão de borboletas no estômago, difícil seria não te chamar pra assistir aulas e palestras comigo, ou apenas pra ficar sentado em qualquer lugar conversando bobagens, só pra te ter ali pertinho de mim. Difícil mesmo seria não me aproximar, difícil seria não me apaixonar.
Não poderia ser diferente. "Es muB sein". Tinha de ser assim. E depois disso, tudo foi ficando cada vez mais intenso, cada vez mais bonito...
Lembro de não caber em mim de tanta felicidade. Lembro daquele abraço, lembro do primeiro beijo, lembro da minha mão sempre achando a tua, lembro das risadas-sem-fim, dos "lindos olhares" inesquecíveis, daquele fim de tarde na lanchonete (hmm), do beijo by Peter Parker, daquele dia no hospital com você do meu lado alegrando aquela gente tão sofrida... lembro de ter aprendido muita coisa com você, lembro de sentir o maior orgulho do mundo por tudo que você é e por tudo que você faz, lembro de ter agradecido várias vezes a Deus por ter te encontrado. E ainda é assim... costumo agradecer porque você é como um tesouro valiosíssimo que eu encontrei há 3 anos e 4 meses atrás. E eu nunca vou conseguir colocar em palavras o tamanho do meu amor, até porque, como você mesmo sabe, "quando a gente ama, simplesmente ama. É impossível explicar..." e lamento muito se em algum, ou em alguns momentos eu não soube te mostrar o quanto eu te amo e o quanto você é importante. Isso me faz lembrar que os erros fazem parte de qualquer relacionamento e com a gente não foi diferente. Mas o que me orgulha é saber que a gente sempre fez bem a lição de casa: aprendemos muito com cada erro e tudo que era ruim, nós sempre jogávamos fora. Só ficavam as coisas boas. E até hoje é assim: minhas lembranças são sempre as melhores.
Lembra daquele dia em que estávamos caminhando pela praia e aquele pessoal nos parou só pra dizer que éramos o casal mais bonito dali? Nossa, a gente quase morreu de tanta vergonha, mas depois fiquei toda envaidecida e fui logo contar pra mainha... Lembra da gente olhando aquela paisagem maravilhosa ao som de "Bolero de Ravel"? Eu poderia passar dias ali só com você e aquele cenário lindo. E quando a gente dorme juntinho? Poxa, nem consigo descrever o quanto é bom sentir teu abraço, teu cheiro, tua presença ali, tão perto de mim, velando meu sono. É tão bom estar contigo, meu amor. Adoro te sentir perto de mim. Um riso, um toque, uma música sussurrada ao pé do ouvido. Tudo isso me faz feliz e cada pequeno gesto me faz te amar sempre mais. Te admiro pelo homem que você é e pelo coração nobre que tem. É com esse homem que eu sonho, é esse o homem que amo.
E sabe aquele olhar que me hipnotizou? É o que quero ter pro resto da minha vida. É nesse olhar onde encontro um amor tão grande que nem cabe em mim. É nesse olhar onde encontro aquele velho sonho de formar uma família linda, de sair mundo afora e ser feliz. É nesse olhar onde encontro você: o homem da minha vida.


"Você me faz feliz. E ao teu lado, beija-flor, ninguém saberia ser triste".



Com amor,
Bruna Maria (ou, simplesmente, Catotenham)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Das besteiras que escrevo.


Certo dia um amigo me perguntou por que perco tanto tempo escrevendo bobagens.
Hesitei um pouco, escolhi melhor as palavras, e disse: – Escrevo porque gosto, escrevo com o coração. Quem escreve conhece a magia do que é traduzir a própria alma.
Em seguida, o fitei com um olhar inquisidor e perguntei: – E você, por que perde tanto tempo lendo minhas bobagens?

– Errr...


P.s.: Todos esses textos até agora publicados estão originalmente no meu antigo blog Além do que se vê
Att,
Bruna

Ociosa


Nunca gostei de ficar no ócio por muito tempo. Tudo que ele me proporcionou até hoje foi uma espécie de regressão intelecto-emocional que consome meu espírito violentamente. 
Tenho perdido o sono todas as noites em meio à pensamentos vagos e inúteis. As dúvidas começam a aparecer e a cabeça fica a ponto de explodir. Nesse exato momento, sinto-a como se estivesse em chamas. Acho que minha mãe estava certa quando dizia que mente desocupada é oficina pro diabo. Não gosto do diabo. Sempre fui uma boa menina! Não posso permitir que agora ele venha aqui pra bagunçar tudo.
Devo fazer algo pra mudar isso, antes que eu mesma me destrua lentamente. Não posso mais ficar parada. Devo ir à luta. É, ir à luta! Isso!
Err... ir à luta, né?
Logo eu que só queria uma boa noite de sono...

Uma historinha de suspense.


Abre a porta de casa. 
Entra.
Respira fundo.
Senta.
Tenta se acalmar.
Sente seu coração bater mais forte. As mãos suam, as pernas tremem, os olhos arregalam cada vez mais.
Sente-se à beira de um colapso nervoso. O sentimento de culpa parece lhe consumir:  Oh, Céus, o que eu fiz?! Como fui capaz?! Sou um monstro, um monstro!
Na tentativa de relaxar, fala pra si mesmo:  Errei feio, mas agora não posso pensar nisso! Já está feito... não tem mais volta. Preciso ter muito sangue frio se quiser me safar dessa... Oh, meu Deus, a quem estou querendo enganar? Não tenho escapatória. Estou encurralado!
Anda de um lado para o outro murmurando sempre a mesma coisa:  Por que eu fiz isso, por quê?
Não consegue esquecer a atrocidade que acabara de cometer, e seu nervosismo aumenta sempre mais: –  Argh, tenho que me acalmar. Preciso de um drink!
Vai até a cozinha, pega uma garrafa de Rum e volta para a sala.
Antes do primeiro gole, começa a ouvir ruídos vindos da porta e isso o deixa em pânico total.
Joga a garrafa contra a porta e sobe desesperadamente para seu quarto.
Os ruídos passam a ser cada vez mais altos...
– Oh, Céus, estão arrombando a porta! Chegou meu fim!
O barulho cessa  sinal de que a porta finalmente foi aberta. Logo depois, ele começa a ouvir passos... passos bem apressados que se aproximam de seu quarto. Sua cabeça está a ponto de estourar de tanta tensão.
A porta do quarto se abre lentamente emitindo um som aterrorizante.
Sente sua vida passar diante de seus olhos e começa a chorar descontroladamente.
Ainda aos prantos, cobre-se por debaixo do lençol e espera, conformado, o fim de sua agonia.
Tudo que pode ver por trás do lençol é a silhueta de uma pessoa forte e corpulenta que carrega em uma de suas mãos um enorme rolo de macarrão. Percebe-se que é uma mulher profundamente irritada.
Ela se aproxima da cama, enfurecida, ergue o rolo de macarrão e grita:
 BALEIA É A MÃE!

Bruna Maria

" E eu, o que faço com esses números? "

Não faço nada.
Não gosto de números. É, não gosto deles.
Passei quase três longos anos levando muita porrada pra perceber isso. Definitivamente, não tenho aptidão para calcular. Os números me fascinam, é verdade, mas eu não os entendo profundamente. Não conseguimos estabelecer uma relação amigável durante esse tempo.
Eles - os números - me fazem sentir incapaz, sabe? Eu não gosto nada dessa ideia, mas também não quero provar o contrário. Não tenho paciência para isso.
Não me agrada pensar que passarei minha vida perdida numa imensidão de números abdicando inúmeras coisas que me fazem bem apenas na busca de respostas, de soluções para problemas sem fim... Deixo isso para os apaixonados. Esses sim, fazem valer a pena essa dedicação. Eu não!
Isso, sem dúvida, não é para mim. Ainda bem que, mesmo tarde, acordei e resolvi parar...
Parei.
Vou atrás da mudança e tentar buscar o que é melhor pra mim. Quero me dedicar à algo que me faça bem de verdade. Algo que me deixe confiante e que me agrade. Quero me aprofundar nas coisas que, pra mim, são mais interessantes que calcular a derivada segunda da função x, vezes a integral dupla da função y, dividida pela soma das duas multiplicada por zero. (A operação não é possível!)
Gosto de formas, de cores, de artesanato, de música, de literatura, de arte enfim.
Números? Ah... esses não são comigo.
Gosto mesmo é das palavras. Essas, sim, muito me agradam.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

27 de fevereiro

Um post especial - num dia especial - para pessoas especiais.

É engraçado como em todos os anos cada abraço sincero de parabéns me faz querer chorar. É tanto carinho de uma só vez que esse meu coraçãozinho não aguenta.
Muito obrigada, meus amores. Ser feliz perto de vocês não é tarefa difícil.
E já que é meu aniversário, vou me dar ao luxo de pedir apenas um presente: quero só a vida inteira com vocês.
Um beijo cheio de gratidão no coração de cada um.



Com amor,

Bruna

Gênesis

Mas, do que somos feitos então?

De sonhos ou de solidão?
De vontades ou de paixão?

De pecado ou perdão?
De amor ou compaixão?

Confusão!

Bruna Maria