segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Das besteiras que escrevo.


Certo dia um amigo me perguntou por que perco tanto tempo escrevendo bobagens.
Hesitei um pouco, escolhi melhor as palavras, e disse: – Escrevo porque gosto, escrevo com o coração. Quem escreve conhece a magia do que é traduzir a própria alma.
Em seguida, o fitei com um olhar inquisidor e perguntei: – E você, por que perde tanto tempo lendo minhas bobagens?

– Errr...


P.s.: Todos esses textos até agora publicados estão originalmente no meu antigo blog Além do que se vê
Att,
Bruna

Ociosa


Nunca gostei de ficar no ócio por muito tempo. Tudo que ele me proporcionou até hoje foi uma espécie de regressão intelecto-emocional que consome meu espírito violentamente. 
Tenho perdido o sono todas as noites em meio à pensamentos vagos e inúteis. As dúvidas começam a aparecer e a cabeça fica a ponto de explodir. Nesse exato momento, sinto-a como se estivesse em chamas. Acho que minha mãe estava certa quando dizia que mente desocupada é oficina pro diabo. Não gosto do diabo. Sempre fui uma boa menina! Não posso permitir que agora ele venha aqui pra bagunçar tudo.
Devo fazer algo pra mudar isso, antes que eu mesma me destrua lentamente. Não posso mais ficar parada. Devo ir à luta. É, ir à luta! Isso!
Err... ir à luta, né?
Logo eu que só queria uma boa noite de sono...

Uma historinha de suspense.


Abre a porta de casa. 
Entra.
Respira fundo.
Senta.
Tenta se acalmar.
Sente seu coração bater mais forte. As mãos suam, as pernas tremem, os olhos arregalam cada vez mais.
Sente-se à beira de um colapso nervoso. O sentimento de culpa parece lhe consumir:  Oh, Céus, o que eu fiz?! Como fui capaz?! Sou um monstro, um monstro!
Na tentativa de relaxar, fala pra si mesmo:  Errei feio, mas agora não posso pensar nisso! Já está feito... não tem mais volta. Preciso ter muito sangue frio se quiser me safar dessa... Oh, meu Deus, a quem estou querendo enganar? Não tenho escapatória. Estou encurralado!
Anda de um lado para o outro murmurando sempre a mesma coisa:  Por que eu fiz isso, por quê?
Não consegue esquecer a atrocidade que acabara de cometer, e seu nervosismo aumenta sempre mais: –  Argh, tenho que me acalmar. Preciso de um drink!
Vai até a cozinha, pega uma garrafa de Rum e volta para a sala.
Antes do primeiro gole, começa a ouvir ruídos vindos da porta e isso o deixa em pânico total.
Joga a garrafa contra a porta e sobe desesperadamente para seu quarto.
Os ruídos passam a ser cada vez mais altos...
– Oh, Céus, estão arrombando a porta! Chegou meu fim!
O barulho cessa  sinal de que a porta finalmente foi aberta. Logo depois, ele começa a ouvir passos... passos bem apressados que se aproximam de seu quarto. Sua cabeça está a ponto de estourar de tanta tensão.
A porta do quarto se abre lentamente emitindo um som aterrorizante.
Sente sua vida passar diante de seus olhos e começa a chorar descontroladamente.
Ainda aos prantos, cobre-se por debaixo do lençol e espera, conformado, o fim de sua agonia.
Tudo que pode ver por trás do lençol é a silhueta de uma pessoa forte e corpulenta que carrega em uma de suas mãos um enorme rolo de macarrão. Percebe-se que é uma mulher profundamente irritada.
Ela se aproxima da cama, enfurecida, ergue o rolo de macarrão e grita:
 BALEIA É A MÃE!

Bruna Maria

" E eu, o que faço com esses números? "

Não faço nada.
Não gosto de números. É, não gosto deles.
Passei quase três longos anos levando muita porrada pra perceber isso. Definitivamente, não tenho aptidão para calcular. Os números me fascinam, é verdade, mas eu não os entendo profundamente. Não conseguimos estabelecer uma relação amigável durante esse tempo.
Eles - os números - me fazem sentir incapaz, sabe? Eu não gosto nada dessa ideia, mas também não quero provar o contrário. Não tenho paciência para isso.
Não me agrada pensar que passarei minha vida perdida numa imensidão de números abdicando inúmeras coisas que me fazem bem apenas na busca de respostas, de soluções para problemas sem fim... Deixo isso para os apaixonados. Esses sim, fazem valer a pena essa dedicação. Eu não!
Isso, sem dúvida, não é para mim. Ainda bem que, mesmo tarde, acordei e resolvi parar...
Parei.
Vou atrás da mudança e tentar buscar o que é melhor pra mim. Quero me dedicar à algo que me faça bem de verdade. Algo que me deixe confiante e que me agrade. Quero me aprofundar nas coisas que, pra mim, são mais interessantes que calcular a derivada segunda da função x, vezes a integral dupla da função y, dividida pela soma das duas multiplicada por zero. (A operação não é possível!)
Gosto de formas, de cores, de artesanato, de música, de literatura, de arte enfim.
Números? Ah... esses não são comigo.
Gosto mesmo é das palavras. Essas, sim, muito me agradam.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

27 de fevereiro

Um post especial - num dia especial - para pessoas especiais.

É engraçado como em todos os anos cada abraço sincero de parabéns me faz querer chorar. É tanto carinho de uma só vez que esse meu coraçãozinho não aguenta.
Muito obrigada, meus amores. Ser feliz perto de vocês não é tarefa difícil.
E já que é meu aniversário, vou me dar ao luxo de pedir apenas um presente: quero só a vida inteira com vocês.
Um beijo cheio de gratidão no coração de cada um.



Com amor,

Bruna

Gênesis

Mas, do que somos feitos então?

De sonhos ou de solidão?
De vontades ou de paixão?

De pecado ou perdão?
De amor ou compaixão?

Confusão!

Bruna Maria

Agradeça

Saiba viver bem.
Não reclame da vida, não seja ingrato.
Não se julgue tão inteligente ao ponto de sentir-se melhor que outras pessoas. Definitivamente, você não é melhor que elas.
Não despreze alguém por ser diferente. Você também é diferente ao olhar dos outros.
Não goste de ser chato ou antipático, não se sinta bem em ter essa fama.
Queira ser respeitado por quem você é, e não por quem você aparenta ser.
Aprecie a liberdade, mas nunca a libertinagem. Saiba diferenciar bem essas duas palavras.
Viva uma vida saudável e tranquila.
Não deseje o mal.
Seja amável, atencioso e sincero.
E principalmente: agradeça.
Agradeça por tudo que você faz e por tudo que você é.
Agradeça por tudo que lhe acontece. Tudo tem seu propósito.
Agradeça a cada sopro de vida, a cada anoitecer.
Saiba ver beleza nas pequenas coisas. No final das contas, são as mais importantes e as que mais fazem falta.
Viva uma vida simples. Provavelmente ela será muito feliz.
E se não for tão feliz assim, por mais difícil que ela seja, não esqueça de a-gra-de-cer.
Já agradeceu hoje?

Bruna Maria

terça-feira, 1 de março de 2011

"Como é que se diz 'eu te amo'?"


Quando a gente ama, não precisa dizer o que a gente já sabe. Ou precisa?!
De fato, a repetição exaustiva de uma mesma frase acaba se tornando extremamente desnecessária, visto que o amor precisa ser sentido, e não pronunciado. Claro que há ocasiões em que a demonstração de nossos sentimentos - através de palavras, ou não - torna-se essencial.
Mas o grande problema é a banalização do sentimento/verbo amar. Essa banalização se dá tanto sentimentalmente como literalmente.Vemos exemplos diários disso principalmente no mundo virtual onde os relacionamentos são exageradamente intensificados e o "Eu te amo" passa a ser uma espécie de cumprimento.
A velha frase "eu te amo" algumas vezes é dita sem a noção exata do que ela realmente significa. E já que essa noção só vem com um certo tempo, temos de tomar certos cuidados para não pronunciá-la equivocadamente.
O amor precisa ser levado a sério. Precisa ser sentido de verdade. Desde sempre, o amor é o que nos move. É o combustível, é a razão de tudo. O que seria de nós sem as descobertas físicas, matemáticas e artísticas, resultantes da dedicação, da paixão, do amor, de tantos gênios que já passaram por este mundo? O que seria de nós sem o amor de nossa família, nossos amigos? O que seria de nós sem DEUS que é o próprio amor? 
Este é nosso legado, nossa herança. Somos resultado do amor. Não podemos permitir que Ele morra ou se torne banal dentro de nós.
Que possamos encontrar cada vez mais motivos pra amar. Que tenhamos a essência do Amor dentro de nossos corações. Afinal de contas, amar é... é... é amar! Cada um tem sua forma de amar, sua forma de amor. Só devemos atentar para uma coisa: seja qual for nossa forma de amar, que seja a melhor, que seja a mais feliz, a mais completa, a mais intensa, a mais verdadeira.
Sem banalizações, sem fingimentos. Simplesmente, amar...

" Sem amor, eu nada seria; ainda que eu falasse a língua de todas as etnias..."




Bruna Maria