segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Uma historinha de suspense.


Abre a porta de casa. 
Entra.
Respira fundo.
Senta.
Tenta se acalmar.
Sente seu coração bater mais forte. As mãos suam, as pernas tremem, os olhos arregalam cada vez mais.
Sente-se à beira de um colapso nervoso. O sentimento de culpa parece lhe consumir:  Oh, Céus, o que eu fiz?! Como fui capaz?! Sou um monstro, um monstro!
Na tentativa de relaxar, fala pra si mesmo:  Errei feio, mas agora não posso pensar nisso! Já está feito... não tem mais volta. Preciso ter muito sangue frio se quiser me safar dessa... Oh, meu Deus, a quem estou querendo enganar? Não tenho escapatória. Estou encurralado!
Anda de um lado para o outro murmurando sempre a mesma coisa:  Por que eu fiz isso, por quê?
Não consegue esquecer a atrocidade que acabara de cometer, e seu nervosismo aumenta sempre mais: –  Argh, tenho que me acalmar. Preciso de um drink!
Vai até a cozinha, pega uma garrafa de Rum e volta para a sala.
Antes do primeiro gole, começa a ouvir ruídos vindos da porta e isso o deixa em pânico total.
Joga a garrafa contra a porta e sobe desesperadamente para seu quarto.
Os ruídos passam a ser cada vez mais altos...
– Oh, Céus, estão arrombando a porta! Chegou meu fim!
O barulho cessa  sinal de que a porta finalmente foi aberta. Logo depois, ele começa a ouvir passos... passos bem apressados que se aproximam de seu quarto. Sua cabeça está a ponto de estourar de tanta tensão.
A porta do quarto se abre lentamente emitindo um som aterrorizante.
Sente sua vida passar diante de seus olhos e começa a chorar descontroladamente.
Ainda aos prantos, cobre-se por debaixo do lençol e espera, conformado, o fim de sua agonia.
Tudo que pode ver por trás do lençol é a silhueta de uma pessoa forte e corpulenta que carrega em uma de suas mãos um enorme rolo de macarrão. Percebe-se que é uma mulher profundamente irritada.
Ela se aproxima da cama, enfurecida, ergue o rolo de macarrão e grita:
 BALEIA É A MÃE!

Bruna Maria

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